Déficit orçamentário e falta de vagas na educação infantil reprovam as contas de Mauá de 2016
O Ministério Público de Contas, em parecer assinado pela procuradora Letícia Formoso Delsin Matuck Feres, opinou pela reprovação da prestação de contas da prefeitura de Mauá para o ano de 2016. Entre os apontamentos trazidos pelo Parquet de Contas, um dos mais graves se refere ao déficit de vagas na educação infantil, cuja fila de espera ultrapassava 6 mil crianças.
Além da falta de vagas, o município não atingiu as notas previstas para o IDEB (índice que apura a qualidade do ensino escolar) e teve sua média rebaixada no indicador i-Educ (desenvolvido pelos Tribunais de Contas para medir a efetividade das ações realizadas por uma prefeitura na educação) de A para B, evidenciando a necessidade de se efetuar profundos ajustes na condução das políticas educacionais.
Em relação aos aspectos econômicos, apesar de ter sido alertada 9 vezes pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo sobre a necessidade de contenção de gastos, a Prefeitura acumulou expressivo déficit orçamentário no valor de mais de R$ 140 bilhões de reais, ocasionado pela superestimativa de receitas em caixa, prescrição de ativos por omissão na cobrança e alterações remuneratórias acima da inflação. Comparando os resultados financeiros com os do ano de 2015, no qual fechou com saldo positivo, a piora da saúde econômica do município chega ao patamar de 3.036,73%.
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A prestação de contas agora, será apreciada em sessão pelos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. É possível acompanhar a tramitação do processo eTC-4428.989.16, que trata sobre o assunto, e receber informações sobre seu andamento, cadastrando-se no SisPush – Sistema de Acompanhamento e Notificações no site do TCESP.
O parecer do MPC pode ser lido na íntegra clicando aqui.